Lethal Weaponized

Ontem recebi um vídeo de uma entrevista na balada com meninas de "balada" de 20 e poucos anos. A pergunta era sobre quantos parceiros casuais elas já haviam tido na "vida", e todas responderam que já haviam perdido a conta. A uma de 22 anos ele pergunta se foram mais de 50, e ela responde que sim; em seguida, "Mais de 70?", e como ele insistia em saber para ter uma ideia de quão "rica" ela já estava na margem impura, ela responde, "Tá, vai, de mais de 80 não passa".

Eu respondi que é preciso considerar que o mundo é uma rede ímpia onde é bacana se mostrar cheio de experiências na prática do mal, que aquilo era uma versão de classe média alta da resposta que os marginais oficiais dariam num baile funk na favela à pergunta sobre quantas passagens na polícia eles têm. Ou seja, é bem provável até que elas estavam aumentando a contagem para parecerem mais bandidas do que são, porque a geração adúltera tem orgulho de fazer parte do morro.

As "pessoas de bem" inventaram a palavra 'ficar' para substituir 'fornicar', de forma a não serem lembradas que estão fazendo algo que pertence ao mesmo reino da mentira daqueles outros verbos que conduzem à prisão dentro do sistema. Sem escolher diariamente o Bem para sair da prisão e permanecer Fora dela, a única possibilidade é ir de mal a pior.

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